Primeiro módulo do projeto em 2019 propõe a capacitação dos jovens selecionados para planejamento de ações empreendedoras nas comunidades de origem
O curso tem duração de dois dias (28 e 29 de março) e está sendo realizado na sede do Projeto Saúde e Alegria. Jovens moradores das comunidades Nuquinin, Mentae, Atrocal, São Pedro, São Miguel e Aldeia Pajurá não esconderam o entusiasmo de ter passado para a segunda fase do projeto.
Daniela ribeira da comunidade Prainha na Floresta Nacional do Tapajós destacou a inexistência de empreendimentos onde mora: “a minha comunidade é a penúltima do município de Belterra, 36 famílias residem nela. Meu projeto é uma horta orgânica porque há demanda na comunidade” – conta.
Daleusso Sousa de São Pedro na região do Rio Arapiuns comentou alegria em poder “aprender, compartilhar conhecimento. Ouvir ideias boas e também expor várias ideias” – relatou o jovem que integra um grupo que pretende montar um negócio de produção avícola e de peixes na comunidade.
Ambos integram um grupo de 24 jovens aprovados no Beiradão de oportunidades que neste modulo apresenta palestras sobre Riquezas da Floresta, Renda comunitária, Energia sustentável, Economia Criativa e Identificação de oportunidade de negócios. O coordenador de empreendedorismo Juvenil do PSA – Paulo Lima explicou as possibilidades apresentadas aos participantes: “como gerar renda nas comunidades, aspecto sociais, econômicos, de organização comunitárias, possibilidades na gastronomia, manipulação de alimentos. São novidades nessa fase, como o turismo de base comunitária” – finaliza.
A educadora do projeto juventude Floresta Ativa – Luana Silva explicou que “eles vão aprender uma visão empreendedora sobre o que já acontece na comunidade. Eles vão usar o dia a dia deles, os materiais que eles já conhecem e vão pegar o olhar comercial gerador de renda pra suas vidas”.
Beiradão
É um processo de formação de jovens empreendedores que engloba conceitos de negócios sociais e tecnologias, auxiliando os jovens na geração de ideias inovadoras que surgem para solucionar problemas que estão inseridos em algum contexto social.
O curso faz parte de uma estratégia maior do Saúde e Alegria, que visa contribuir para uma melhoria
a das condições de vida e para um desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens de comunidades da Amazônia. “Isso inclui além de estratégias de mobilização social, a criação de oportunidades de trabalho e renda para que os jovens das comunidades possam ter a oportunidade de fazer escolhas, sair ou ficar da comunidade, mas com clareza para construir seus projetos de vida plenamente”, conclui Fábio Pena, da coordenação de educação do PSA.