Inseticidas naturais ajudam a proteger hortas no Pará

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Produtores das comunidades São Francisco, Bacuri, Atrocal e Bom Futuro, participaram de formação para produção de biofertilizantes, composteira e aplicação de inseticidas naturais

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo em números absolutos, segundo levantamento do Ibama em 2019. São mais de 500 mil toneladas de agrotóxicos usados por ano. E isso impacta diretamente a vida de quem consome esses alimentos. A boa notícia é que é possível reduzir essa quantidade, e movimentos de agricultores familiares têm buscado alternativas para fornecer hortaliças seguras ao consumidor.

Em Santarém, no Pará, a agricultura orgânica tem ganhado reforço na estratégia de valorização da economia da floresta em pé. O Programa Floresta Ativa tem buscado fortalecer as atividades agroextrativistas, com capacitações regulares através da Assistência Técnica.

Agricultores produziram diferentes soluções orgânicas para controle de pragas. Fotos: Silvano Martins/PSA.

No período de 24 a 26 de outubro, produtores rurais das comunidades de São Francisco e Bacuri, que fazem parte da região PAE Lago Grande e produtores das comunidades Atrocal e Bom Futuro na Resex Tapajós Arapiuns e técnicos do Projeto Saúde e alegria, participaram da oficina de produtos orgânicos ministrada por técnicos da Emater-Pa.

A formação capacitou os participantes para a agricultura orgânica, voltada para a produção de alimentos saudáveis sem o uso de agroquímicos, baseada em princípios e normas que devem orientar a produção orgânica. Um dos principais instrumentos a serem considerados pelos produtores orgânicos é o Plano de Manejo orgânico, que orienta a execução das atividades.

A oficina foi realizada em dois momentos, teoria e prática, sendo que na parte teórica foi estudado e discutido sobre a Organização e Controle Social (OCS), estudos das Normativas Vigentes que baseia a produção orgânica, finalizando com a organização e formação do grupo de (OCS) do Arapiuns”, explicou o técnico do PSA, Ari Batista.

Na prática, os produtores participaram da produção de inseticidas alternativos e biofertilizantes, compostagem e aplicação de alguns defensivos em hortaliças atacadas por insetos sugadores. Os participantes foram divididos em grupo e cada grupo ficou responsável de preparar um produto e exposição a forma de como foi preparado, como se aplica e para que serve.

O objetivo da oficina foi assessorar a formação de um novo grupo de produtores orgânicos das comunidades e garantir meios alternativos para produção de alimentos seguros. Os participantes são estimulados a geração de renda, com a manutenção da floresta em pé.

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