Santarém sedia Encontro Anual do Conselho Latino-Americano de Conservação

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Debates, escutas nas comunidades e aprendizados marcam atividades promovidas no Pará no período de 04 a 06 de novembro nas regiões do Tapajós, Arapiuns e Amazonas 

A primeira parada do Conselho Latino-Americano de Conservação (LACC) foi a aldeia Solimões, localizada na Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns em Santarém. Formado por empresários, pesquisadores e acadêmicos da América Latina, o Conselho desembarcou para conhecer a região e discutir estratégias para fortalecer a conservação do bioma amazônico.

Na aldeia Solimões, o grupo conheceu a escola Nossa Senhora das Graças que oferta educação infantil até o nono ano e o ensino modular indígena, e os projetos implementados na aldeia, que acumula conquistas por meio da organização comunitária. O encontro foi acompanhado por instituições com atuação no território, como o Projeto Saúde e Alegria e a Sapopema.

Hoje a Aldeia Solimões teve o privilégio de receber nossos parceiros para a Construção da nossa biblioteca, em homenagem ao grande ambientalista Thomas Lovejoy. Desde já nossos sinceros agradecimentos ao Conselho de Conservação da América”, destacou a aldeia nas redes sociais.

O Conselho de Conservação da América Latina (LACC) é um grupo de líderes globais que trabalham com a The Nature Conservancy nos lugares mais emblemáticos da América Latina para proteger a biodiversidade, combater as mudanças climáticas e fornecer alimentos e água de forma sustentável para a população da região. Formado em 2011 para trabalhar com líderes públicos e privados para ajudar a conservar o capital natural da região, o Conselho trabalha em parceria com a The Nature Conservancy (TNC) para proteger, restaurar e gerenciar melhor a natureza para um benefício triplo que ajuda países, empresas e comunidades a alcançar nossas metas de 2030 para biodiversidade, clima e Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Segundo a vice-gerente da Estratégia Povos e Comunidades Indígenas e Tradicionais da TNC Brasil, Juliana Simões, o encontro anual foi oportuno para apresentar ao grupo, as iniciativas apoiadas em comunidades de Santarém: “Esse ano escolheram fazer aqui no Tapajós e nós aproveitamos para levá-los para conhecer os projetos que nós desenvolvemos nas comunidades e desafios de conservação. Uma forma de sensibilizá-los para apoiar iniciativas econômicas que levam à conservação”, ressalta.

Parceiro histórico das comunidades ribeirinhas do Tapajós e Resex Tapajós Arapiuns, o Projeto Saúde e Alegria participou das atividades. O coordenador da ONG, Caetano Scannavino, comentou sobre a proposta do encontro: “Feliz pelo fato do Tapajós estar sediando o encontro anual do LACC. O bacana é que esse evento não está sendo num auditório, mas num barco que está rodando as comunidades. Tem os debates na embarcação, as visitas, rodas de conversas, escutas para aprender com o povo ribeirinho. Foi muito bacana porque eles não viram só problemas e dificuldades, mas soluções a partir das próprias aldeias e comunidades”.

Na aldeia Solimões que possui 55 famílias e 185 habitantes, o grupo conheceu ainda as infraestruturas implementadas pelo Saúde e Alegria, como o sistema de acesso à água. Com muita alegria e receptividade, os indígenas também apresentaram o Projeto Ciência Cidadã para a Amazônia, do qual fazem parte, através da parceria entre a Sapopema, PSA e Mopebam. “Esse projeto ganhou uma relevância muito grande do ponto de vista de uma experiência piloto de educação ambiental, formação de lideranças jovens, de um serviço ambiental às comunidades, através do monitoramento ambiental dos peixes”, contou a professora da Ufopa e membro da coordenação da Sapopema, Socorro Pena.

O resultado dos registros do ictio, apontam a prevalência de espécies de peixes, e como o fluxo tem enfrentado mudanças ao longo dos últimos anos. “A aldeia tem características de comunidade que seria um modelo para a região Amazônica. É uma comunidade que conquistou um sistema de saneamento básico, tem gestão de aldeia que tem levado políticas públicas e sabe agregar. É muito importante conhecer essa realidade que não reflete para todas as comunidades da Amazônia”, acrescenta Pena.

Além da visita ao povo Kumaruara, o grupo conheceu a região do rio Arapiuns e Amazonas.

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