Acompanhamento técnico do Programa Floresta Ativa visa promover geração de renda à moradores da floresta;
Em mais uma rodada de visitas para levantamento produtivo nas comunidades, técnicos do PSA estão identificando a evolução dos plantios de espécies florestais e frutíferas para elaboração de Diagnóstico Rural Participativo. A intenção é avaliar espécies cultivadas e necessidades dos produtores, para planejar novos plantios de Sistemas Agro Florestais – SAF.
A etapa está sendo realizada nas comunidades de Carão, Anumã, Pedra Branca, Santi e Aldeia Solimões. Nos encontros, os moradores relatam sobre as atividades agrícolas que desenvolvem e de que maneira promovem os plantios.
“Após a seleção das famílias, a equipe volta a campo para fazer um diagnóstico rural participativo- DRP e identificar a real situação das famílias ligadas à parte social, ambiental, infraestrutura e sistemas produtivos. O resultado desse diagnóstico vai possibilitar que a equipe técnica tenha dados suficientes de cada propriedade e de cada família que vai beneficiar” – explicou o extensionista rural, Márcio Roberto.
A partir dos resultados do mapeamento, serão elaborados projetos de plantios para introduzir a cultura de ciclo curto, médio e longo, conforme a necessidade de cada produtor. O extrativismo tem contribuído para a geração de renda sustentável para as famílias manejadoras nessa região. “Com o DRP a gente vai poder traçar estratégias para melhorar os sistemas produtivos dessas famílias, sendo que esses sistemas vão ser montados juntamente com a família e com a equipe técnica do PSA. Levando em consideração aptidões, tipo de solo, e principalmente que esse sistema possa gerar renda pra família. O objetivo é que esses sistemas funcionem dentro de uma estratégia agroecológica, introduzindo SAFs nessas propriedades” – acrescentou Roberto.
Fortalecimento das cadeias de valores da sociobiodiversidade da Região Oeste do Pará
O programa Floresta Ativa reúne um conjunto de iniciativas que tem como objetivo principal “alavancar a participação da economia da floresta de base Comunitária no desenvolvimento regional, por meio de empreendimentos e sistemas produtivos agroecológicos e florestais – integrados e permanentes – que reduzam as emissões de CO2 e contribuam para segurança alimentar, elevação da renda e inclusão social” – explicou um dos coordenadores do PSA, Davide Pompermaier.
As ações articulam organizações produtivas de base (associações e cooperativas), movimentos sociais, ONG’s, empresas e fundações privadas nacionais e internacionais, atores institucionais (governos federal, estadual e municipal em suas diversas instâncias) instituições de ensino e pesquisa.
Uma das principais ações é o apoio a produção agroflorestal e restauração florestal com sistemas agroflorestais, visando contribuir ao mesmo tempo para redução das perdas de florestas e para melhoria da renda das populações agroextrativistas, aumentando a oferta de alimentos, frutas e sementes para venda direta e para bioindustrialização.
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