Acompanhamento do Programa Floresta Ativa para promover geração de renda à moradores da floresta, chegou à comunidade Jaguarari na Flona;
Na segunda rodada de visitas para levantamento produtivo nas comunidades, técnicos do PSA identificaram a evolução dos plantios de espécies florestais e frutíferas. A intenção do diagnóstico é avaliar espécies cultivadas e necessidades dos produtores, para planejar novos plantios de Sistemas Agro Florestais SAF.
Nesta nova etapa, uma das propriedades visitadas no Jaguarari foi a de José Oliveira de 70 anos. Na propriedade, oito pessoas sobrevivem do extrativismo e estão animadas com o acompanhamento técnico: “Chegamos primeiro em área de mandioca, seguimos para plantação de milho, açaí e em uma área que queremos plantar melancia e outra onde queremos reflorestar. O que a gente espera é melhorar com a ajuda dos técnicos” – comentou Oliveira.
A partir dos resultados do mapeamento, serão elaborados projetos de plantios para introduzir a cultura de ciclo curto, médio e longo, conforme a necessidade de cada produtor. O extrativismo tem contribuído para a geração de renda sustentável para as famílias manejadoras.“O objetivo é fazer esse levantamento com esses produtores e planejamento para que no início do período chuvoso a gente possa fazer enriquecimento dessas áreas, fazendo manejo, com novas espécies e melhorar as atividades deles” – destaca o técnico do PSA, Alailson Rêgo.
“Esse trabalho é um trabalho de parceria entre Federação, Comflona e Saúde e Alegria. Os produtores daqui da região tem uma boa iniciativa e o que está faltando é incentivo técnico para fomentar a produção e aumentar o ganho com o produto que eles já estão produzindo” – Adailson de São Domingos – Flona do Tapajós.
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O programa Floresta Ativa é um conjunto de iniciativas que tem como objetivo principal “alavancar a participação da economia da floresta de base Comunitária no desenvolvimento regional, por meio de empreendimentos e sistemas produtivos agroecológicos e florestais – integrados e permanentes – que reduzam as emissões de CO2 e contribuam para segurança alimentar, elevação da renda e inclusão social” – explicou um dos coordenadores do PSA, Davide Pompermaier.
As ações articulam organizações produtivas de base (associações e cooperativas) movimentos sociais, ONG’s, empresas e fundações privadas nacionais e internacionais, atores institucionais (governos federal, estadual e municipal em suas diversas instâncias) instituições de ensino e pesquisa.
Uma das principais ações é o apoio a produção agroflorestal e restauração florestal com sistemas agroflorestais, visando contribuir ao mesmo tempo para redução das perdas de florestas e para melhoria da renda das populações agroextrativistas, aumentando a oferta de alimentos, frutas e sementes para venda direta e para bioindustrialização.
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