Sediado em Belém no período de 9 a 11 de maio, o II Encontro Energia & Comunidades é realizado pelas organizações representativas Coiab, Fepipa, Conaq, Malungo, CNS e pela Rede Energia e Comunidades, formada por um grupo de organizações, dentre elas o Projeto Saúde e Alegria
Garantir energia limpa e sustentável, conforme preconiza a legislação brasileira e o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) número sete da Organização das Nações Unidas (ONU) é um dos grandes desafios mundiais.
O II Encontro Energia & Comunidades realizado pelas organizações representativas dos beneficiários Coiab, Fepipa, Conaq, Malungo, CNS e pela Rede Energia e Comunidades (formada pela Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil, Fórum de Energias Renováveis de Roraima, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), International Energy Initiative – IEI Brasil, Instituto Socioambiental (ISA), Litro de Luz, Projeto Saúde e Alegria (PSA) e WWF-Brasil), reunirá cerca de trezentos representantes das populações extrativistas, indígenas, quilombolas e ribeirinhas da região amazônica beneficiárias ou a serem beneficiadas pelos programas de universalização do acesso à energia elétrica.
A iniciativa busca promover um amplo debate com transparência e participação ativa dessas populações junto aos representantes governamentais e distribuidoras de eletricidade para garantir com que suas demandas de acesso à energia, de pós-atendimento e de serviços energéticos sejam atendidas rapidamente e dimensionadas para as necessidades básicas e produtivas das comunidades.
O encontro será realizado em Belém no período entre 9 e 11 de maio, com a participação de lideranças de comunidades remotas e municípios com sistemas isolados de energia da Amazônia, gestores públicos da Amazônia Legal, representantes de ministérios e órgãos de todas as esferas de poder. O objetivo é ampliar o debate sobre planejamento energético e políticas públicas de acesso à energia renovável, trazendo a perspectiva da energia como um direito também das pessoas que vivem nos estados com menores índices de conexão.
Ao longo dos três dias, serão promovidas rodas de conversas com representantes de comunidades remotas e que precisam de sistemas isolados de energia elétrica, prioritariamente povos indígenas, extrativistas e quilombolas. A partir desses diálogos, os grupos formados e redes presentes pretendem incidir nas políticas públicas para a universalização de energia, com foco em renováveis, e para apresentar soluções para a Região Norte.
As inscrições estão abertas e podem ser realizadas neste link.
Energia na floresta – ações do Núcleo de Acesso à Água, Saneamento e Energias Renováveis do Projeto Saúde e Alegria
Para o Projeto Saúde e Alegria que integra a Rede Energia e Comunidades, o II Encontro Energia & Comunidades será um momento importante para a consolidação de propostas concretas em comunidades da Amazônia. Historicamente o PSA se preocupa com o acesso à energia em comunidades isoladas do contexto urbano. Sem energia, as populações sofrem com a falta de acondicionamento de alimentos e de comunicação, por exemplo.
O Projeto Saúde e Alegria (PSA) atua na eletrificação rural com soluções adaptadas ao contexto das comunidades ribeirinhas que não possuem acesso à rede de distribuição. Com isso, os geradores a diesel vêm sendo substituídos por sistemas de energia solar off grid que são dimensionados para atender demandas de uso individual (residências) ou de uso coletivo (escolas, UBS, sistema de abastecimento de água, telecentros e empreendimentos comunitários).
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Água, Saneamento e Energias Renováveis, Jussara Batista, desde 2017, o PSA já instalou sistemas de energia solar off grid em mais de 40 comunidades, beneficiando diretamente mais de 3.000 famílias dos territórios RESEX Tapajós Arapiuns, FLONA do Tapajós, PAE Lago Grande, TI Maró e TI Sawré Muybu, TI Sai Cinza e TI Munduruku.
As principais instalações foram: 40 bombeamento de água; 14 acesso à internet; 2 escolas; 55 residências; 7 UBS; 1 laboratório de análises clínicas; 3 empreendimentos comunitários.
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