PSA promove palestras de combate à violência contra crianças em comunidades e aldeias da Resex 

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Ação promovida pelo Projeto Crianças com Saúde e Alegria pretende combater a violência infantil. Intervenção é resultado das oficinas participativas sobre primeira infância na Amazônia

Garantir o desenvolvimento saudável na primeira infância em comunidades ribeirinhas da Amazônia é um dos desafios do Projeto Crianças com Saúde e Alegria que iniciou as atividades em 2022 com apoio da Fundação Porticus. A nova ação da iniciativa, chegou às comunidades Pedra Branca, Anumã, Carão e Aldeia Solimões no período de 27 a 28 de janeiro, com palestras de Combate à Violência Contra a Criança e escuta especializada.

Esta é a etapa de intervenções feita pela equipe de Educação e Comunicação do PSA, com as famílias de crianças menores de 6 anos, ACS, técnicos, enfermeiros, professores da primeira infância, gestores e lideranças locais. O tema da violência intrafamiliar infantil surgiu durante a primeira etapa de escuta.

A pedagoga do PSA, Adma Guimarães, explica que a violência intrafamiliar gera consequências permanentes na vida da criança vítima, e por isso, é fundamental discutir a temática com as comunidades. “Nós abordamos o tema com eles e fizemos debates. Discutimos as repercussões desse assunto com as crianças e apresentamos para os pais a memória de conceitos que já foram trabalhados com eles ao longo do tempo”, esclarece.

A partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os participantes são convidados a refletir sobre direitos e deveres do público e dos adultos, no contexto do desenvolvimento infantil adequado. Raimundo Matos, servidor municipal na escola da aldeia Solimões, região da Resex Tapajós Arapiuns, lembra que ao mesmo tempo, em que debatem o tema, a discussão “Educa os pais e as crianças sobre o Estatuto da Criança e Adolescente”. Joelma Lopes, da comunidade Carão, diz que o momento é esclarecedor e fortalece os cuidados no território: “São coisas boas que vêm para os pais saber como tratar seus filhos. Os direitos e deveres, como cuidar. Muitas vezes as pessoas passam despercebidas por esses direitos“.

Nos encontros, os técnicos aplicaram questionários semiestruturados com perguntas que ampliam os conhecimentos da primeira fase de escuta. Foram perguntas relacionadas ao contexto cultural e econômico das comunidades e aldeias, buscando entender para além das problemáticas, questões singulares da cultura local da Resex.

Enquanto os adultos participam do diagnóstico, as crianças brincam com os arteeducadores. Joane Bentes, da comunidade Suruacá, ressalta que esse é um momento importante para garantir a participação tranquila dos pais, e estimular o brincar entre os pequenos. “Essa ação nas Comunidades tem um impacto positivo dentro das comunidades e aldeias porque mostra como cuidar das nossas crianças de forma que elas não sofram violência e que os pais saibam identificar quando uma atitude está sendo ou não violenta. A gente faz uma troca de experiência”, diz a Arteeducadora.

Brinquedos adquiridos através de edital do COMDCA, foram distribuídos ao fim dos encontros.

O projeto que conta com apoio da Porticus atua especialmente na faixa etária da primeira infância que vai dos 0 aos 6 anos, incluindo também o acompanhamento de mulheres grávidas. Nesta etapa o projeto está voltado para mobilizar as comunidades e para realizar um diagnóstico sobre a realidade da primeira infância. Após o diagnóstico, serão lançadas campanhas de educação e prevenção. O projeto conta com o apoio da Porticus – uma organização internacional que https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistra e desenvolve os programas filantrópicos, lutando por um futuro justo e sustentável, onde a dignidade humana possa florescer.

Fotos: Júnior Albuquerque/acervo Projeto Saúde e Alegria.
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