SAÚDE COMUNITÁRIA

ÁGUA E SANEAMENTO

O Norte do Brasil é a região com a maior concentração de água doce do mundo. Ainda assim, as populações ribeirinhas amazônicas sofrem com a falta de um sistema de abastecimento e tratamento de água, resultando em condições precárias de vida. Sem água limpa encanada e com os rios poluídos por esgoto (tanto doméstico quanto industrial), doenças de veiculação hídrica, como viroses e diarreias agudas, ainda acometem essas comunidades. Essas doenças, sobretudo as diarreias que causam a mortalidade infantil, estão sendo reduzidas por meio de campanhas preventivas e tecnologias adaptadas de saneamento (sanitários, sistemas de captação, abastecimento e tratamento de água).

O Projeto Saúde e Alegria (PSA) atua na questão da água e do saneamento básico desde sua fundação, em 1987. Assim como em todos os seus programas, a implementação de sistemas de tratamento e abastecimento de água no oeste do Pará baseia-se em: 

  • Inovação tecnológica – sistemas híbridos, movidos a energia solar e a diesel, abastecem comunidades inteiras com custo acessível à população. 
  • Descentralização – no modelo desenvolvido pelo PSA, cada comunidade conta com seu próprio sistema de abastecimento e distribuição de água. O PSA mapeia as necessidades da comunidade e desenha o projeto sob medida para ela. 
  • Participação comunitária – os sistemas são implantados com a ajuda das próprias comunidades, que se mobilizam em mutirões. Juntamente com parceiros, o PSA adquire os materiais e equipamentos necessários e orienta os moradores durante a construção.
  • Autogestão – durante a implantação, os moradores recebem capacitações e passam a conhecer o sistema a fundo, o que os torna aptos a gerí-lo. Ao longo do processo de implantação, e com o apoio do PSA, cada comunidade cria seu regulamento de uso da água e elege democraticamente o comitê gestor, que administra a rede de maneira transparente e sustentável.

MODELO BEM-SUCEDIDO

Diante dos bons resultados do trabalho do PSA, muitas de suas soluções estão sendo replicadas via poder público. Além da parceria com as Prefeituras, o PSA foi credenciado como organização de fomento dos programas do Governo Federal de acesso a água na região. Com isso, está administrando um fundo que financia associações locais para a construção de banheiros, cisternas e outras tecnologias sociais. Aliás, o sistema híbrido fotovoltaico de abastecimento de água desenvolvido pelo PSA está sendo avaliado para se tornar elegível como política pública nacional, o que permitirá incluir a solução no portfólio de investimentos públicos e disseminá-la por toda região Norte e Nordeste.

Em continuidade à implantação dos sistemas, o PSA tem articulado as ações de melhoria do acesso à água também com as atividades produtivas das populações, tanto para incentivar as culturas de quintal no entorno das casas como para abastecer as áreas de plantio por meio de sistemas de irrigação.

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMUNITÁRIO
HÍBRIDO, SOLAR – DIESEL

ÁGUA E SANEAMENTO EM NÚMEROS

Sistemas instalados
0
deles com energia solar
0
de rede de distribuição
0 km
pessoas de 53 comunidades beneficiadas
0

Dados até junho de 2019

Poços semiartesianos construídos
+ 0
Filtros de barro entregues
0
Pedras sanitárias instaladas em 129 comunidades
0
Filtros comunitários para tratamento de água
0

Filtros para tratamento de água

Em 2022, o Projeto Saúde e Alegria (PSA) iniciou um trabalho de distribuição de tecnologias de filtragem de água para reduzir os impactos da crise hídrica na Amazônia. Em dois anos de atuação, o projeto já  beneficiou mais de 7 mil famílias de territórios da do Baixo Amazonas, Aldeias do Tapajós, Região do Combu e  cidades do Rio Grande do Sul, durante as enchentes no estado. O trabalho é fruto de uma parceria com organizações e movimentos sociais que ajudam nesta causa humanitária e de saúde pública. Entre os parceiros, estão a Water Is Life, Fundação Iturri, Água Camelo e Sanofi. 

Um dos objetivos do acesso aos filtros é a redução de doenças. Muitas pessoas ainda utilizam água de rios e igarapés para consumo, e enfrentam problemas de saúde relacionados à qualidade da água. A crise climática e a atividade garimpeira colaboram para essa situação, que se agrava a cada ano.

Para o tratamento de águas contaminadas, 4.805 tecnologias foram distribuídas beneficiando cerca de 7 mil famílias. Os filtros incluem quatro principais tecnologias: Filtros de nanotecnologia; Filtros de uso comunitário, Mochilas filtradoras e Canudos filtradores. As tecnologias são capazes de reter até 99,99% de bactérias, protozoários e outras impurezas, garantindo água limpa e segura para consumo. Além dos filtros-baldes, outras tecnologias estão sendo distribuídas para garantir o acesso à água potável na região.

Em 2023, durante a forte seca na Amazônia, vinte e cinco comunidades da várzea do município de
Santarém e Oriximiná foram beneficiadas com a distribuição de filtros coletivos. Os filtros comunitários doados são de alta capacidade  e possibilitam a remoção de impurezas da água, que neste período de intensa estiagem, estão totalmente impróprias para o consumo.

Uma parceria com a ONG DoeBem, que se sensibilizou com a causa, está ajudando a conseguir mais filtros e levar essa tecnologia para famílias que enfrentam dificuldades de acesso a água. 

 AJUDE

Doando R$ 17, você promove 1 ano de água potável para 1 pessoa. Com o valor de R$ 85, promove 1 ano de água potável para 1 família. Pode doar também R$ 213 e permitir a entregas de 1 filtro portátil para 1 família. O valor de R$ 1,5 mil ajuda a evitar a perda de 1 ano de vida saudável devido a morte prematura ou incapacidade provocada pela insegurança hídrica.

De 2003 a 2007

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Construção de um padrão de atendimento primário adaptado à realidade amazônica, com dois navios-hospitais (Abaré e Abaré II) que tornaram realidade o Programa Saúde da Família Fluvial no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O novo modelo de saúde pública está sendo replicado, com suporte técnico do PSA, em outros municípios das regiões Norte e Centro-Oeste do país, nos quais 64 barcos que já começam a entrar em operação

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